Economia
Dólar opera com pequenas variações

O dólar opera em queda ante o real nesta quarta-feira (21), corrigindo parte do salto de quase 1,5% da véspera, mas com as atenções ainda voltadas para o cenário político e desdobramentos que possam sinalizar o desfecho das reformas em tramitação no Congresso Nacional, segundo a Reuters.
Às 12h09, a moeda norte-americana recuava 0,03%, vendida a R$ 3,3298.
"A tendência é a moeda gravitar ao redor de R$ 3,30, mas qualquer fato novo que atrapalhe o andamento das reformas pode pressionar as cotações", afirmou o diretor da mesa de câmbio da corretora MultiMoney, Durval Correa, à Reuters.
Na véspera, o governo sofreu importante derrota na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, que rejeitou o texto principal da reforma trabalhista, ascendendo o sinal amarelo dos investidores ao expôr a fragilidade da base aliada e colocando em dúvida também a aprovação da reforma da Previdência.
Mesmo assim, seguia o plano do governo de apresentação de um parecer pela constitucionalidade da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira, e sua votação na próxima semana, deixando a proposta pronta para o plenário a partir do dia 28.
"A expectativa continua sendo de aprovação da medida (na CCJ), contudo, a derrota de ontem deixa nítido que a governabilidade de Temer está bastante comprometida", resumiu a corretora Coinvalores em relatório.
Temer está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime, entre outros, de corrupção passiva, após delações de executivos do grupo J&F.
O recuo do dólar ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes no exterior, como a lira turca e o peso chileno, também contribuía para a trajetória doméstica, segundo profissionais informaram à Reuters.
O Banco Central realiza nesta sessão mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem julho.
Véspera
Na terça-feira (20), o dólar avançou 1,4%, a R$ 3,3308 na venda - foi a maior cotação de fechamento desde 18 de maio, quando saltou mais de 8% e foi a R$ 3,389, dia seguinte à divulgação das delações dos executivos do grupo J&F e que afetaram Temer.
Fonte: G1