Acervo do Museu do Crédito Real ganhará novo espaço de destaque em Juiz de Fora
segunda, 08 de setembro de 2025
A Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora (ACEJF) articulou uma importante conquista para a valorização da cultura da cidade: a transferência do acervo do Museu do Crédito Real para o andar térreo do prédio histórico da Avenida Getúlio Vargas. Essa ação, que busca ampliar a visibilidade do espaço e facilitar o acesso do público, só foi possível graças à atuação da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais.
O avanço foi definido em reunião entre o presidente da ACEJF, Aloísio Vasconcelos, e o secretário estadual de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, que reforçou o compromisso do Governo de Minas com o fortalecimento do turismo na cidade. A expectativa é que com a mudança o museu esteja mais integrado ao fluxo diário de pedestres do Calçadão da Rua Halfeld, aumentando a visitação e fortalecendo a memória da cidade.
“O secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, é um visionário, grande promotor da cultura e do turismo, que tem feito a diferença no governo mineiro. É gratificante negociar com pessoas à frente de seu tempo, como Leônidas. O Museu do Crédito Real certamente irá valorizar o centro de Juiz de Fora, agora reconhecido como Centro Histórico, ampliando a visitação e reforçando o papel da cidade no desenvolvimento regional e nacional”, destacou Vasconcelos.
A iniciativa também conta com o empenho do diretor do Museu do Crédito Real, Roberto Dilly, que trabalha na preservação da história econômica de Juiz de Fora.
A história do primeiro banco de Minas
O Museu do Crédito Real preserva a memória do Banco de Crédito Real de Minas Gerais, primeira instituição bancária fundada no estado, em 1889, autorizada pelo imperador Dom Pedro II. Juiz de Fora, mesmo sem ser capital, já se destacava como polo industrial, agrícola e de arrecadação fiscal, tornando-se referência financeira no período.
Durante 109 anos, o banco funcionou sem interrupções, resistindo a crises políticas e econômicas. Foi o maior banco privado do Brasil, superando instituições que hoje lideram o setor, como Itaú e Bradesco. Chegou a ter mais de 210 agências espalhadas pelo país e foi responsável por financiar os principais empreendimentos de Minas Gerais. Entre seus correntistas estavam nomes como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Castelo Branco, além de personalidades do esporte, como Pelé, Tostão e Rivellino.
O museu
O museu foi inaugurado em 1964, por iniciativa de José Tostes de Alvarenga Filho, primeiro funcionário de carreira a presidir o banco. Instalado no primeiro pavimento da sede monumental da instituição, na Av. Getúlio Vargas, nº 455, o espaço sempre teve como missão preservar a história econômica de Minas Gerais.
Em 1999, após a privatização do banco, o prédio e o museu permaneceram sob responsabilidade do governo estadual. O então governador Itamar Franco determinou a revitalização do espaço, que foi reinaugurado em 2002.
Hoje, o acervo conta com uma das coleções numismáticas mais ricas do país, incluindo moedas e cédulas desde o Brasil Colônia até a atualidade, além de um Arquivo Histórico com mais de 82 mil documentos. A instituição também abriga auditórios e mantém parcerias com mais de 80 entidades culturais da cidade.
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