A delimitação do centro histórico de Juiz de Fora surge como uma estratégica para revitalizar uma das áreas mais importantes da cidade. A Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora (ACEJF) vê essa ação como uma oportunidade para valorizar o patrimônio histórico, atrair investimentos e fortalecer o turismo.
Em maio de 2024, a prefeita Margarida Salomão deu um importante passo para a revitalização do centro da cidade ao assinar, na sede da ACEJF, a Lei de Transferência de Potencial Construtivo. A medida integra um conjunto de ações que impactam a recuperação da área central, visto o grande número de imóveis tombados da região. A lei oferece um incentivo fiscal aos proprietários desses imóveis, permitindo que comercializem ou transfiram seu potencial construtivo. Em contrapartida, os donos assumem o compromisso de manter e conservar as edificações de valor histórico.
A preservação do centro histórico também envolve a criação de um ambiente seguro, limpo e atrativo para moradores, turistas e investidores. A ACEJF destaca a importância de investimentos em segurança pública, limpeza urbana e iluminação, fatores essenciais para garantir que a região se torne um espaço propício à novos investimentos. Essas medidas são fundamentais para aumentar o fluxo de pessoas e, consequentemente, movimentar a economia local.
O presidente da ACEJF, Aloísio Vasconcelos, ressalta que a valorização do centro histórico pode transformar a área em um verdadeiro "shopping a céu aberto". Para isso, ele sugere a criação de um edifício garagem e a sinalização das tradicionais galerias centrais, facilitando o acesso e a circulação de pessoas. Além disso, o Mercado Municipal certamente será a grande âncora deste projeto, oferecendo produtos locais e artesanais.
Outro ponto destacado é o potencial do conjunto arquitetônico da Praça da Estação, tombado por sua relevância histórica. Vasconcelos propõe a instalação de uma praça de alimentação e a construção de um coreto para apresentações culturais, além de banheiros públicos, que são essenciais para atender a demanda de visitantes.
A ACEJF também defende a importância de incentivos fiscais para quem investe na recuperação de imóveis com valor histórico.
A expectativa da classe empresarial é que a realização de feiras, festivais e exposições crie um ambiente favorável aos negócios e gere benefícios para toda a comunidade, aumentando, inclusive, a auto estima do juizforano.
